sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Princípio da Poupança

Focamos, agora, a nossa atenção no segundo princípio do equilíbrio financeiro: o Princípio da Poupança.
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Antes de mais, compete-nos fazer uma chamada de atenção. Somos, muitas vezes, confrontados com formandos e conhecidos que dizem que não conseguem poupar. Que é tudo muito difícil e que chegam ao final do mês sem qualquer montante disponível para a poupança. Embora este problema aflija muitas famílias, sabemos que os argumentos utilizados são falsos argumentos. Porquê?
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O principal motivo pelo qual as pessoas não conseguem poupar todos os meses reside no facto de a generalidades ou não tem um orçamento familiar (que falaremos em artigo posterior) ou não considera a poupança como uma prioridade. Na realidade, ao colocar a poupança em último lugar, depois de todas as despesas e pagamentos a terceiros, acabamos por colocar-nos a nós próprios em último lugar. E claro está que se nem nós próprios nos consideramos a prioridade, ninguém o irá fazer por nós.
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Assim sendo, qual a solução para a dificuldade em poupar?
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Em primeiro lugar, deveremos ser considerados sempre como uma prioridade, algo que é traduzido em colocar uma percentagem do nosso rendimento de parte, no INÍCIO DE CADA MÊS (para muitos coincide com o dia 25, dia em que recebemos o nosso salário). A operacionalização é simples. Basta criar uma conta bancária destinada para o efeito (preferencialmente sem cartões de débito e crédito associados) e ordenar uma transferência automática para essa conta, todos os meses. Neste contexto, deverá considerar que esta transferência deverá ser regular e consistente. Ou seja, terá de acontecer todos os meses, no mesmo dia, com base num montante pré-determinado e sem falhas. Parece simples, mas poucas pessoas o fazem...
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Em segundo lugar, e um processo mais moroso, terá de elaborar o orçamento familiar, de modo a determinar o montante potencial de poupança, o que permitirá uma consistência ao longo do tempo. Por exemplo, poderá determinar uma percentagem do seu rendimento de 5% ou 10%. Ou um montante fixo de 10€ ou 50€... Quanto mais melhor, mas lembre-se que a consistência é fundamental, pois irá conseguir criar uma rotina de poupança o que resultará, em última análise, numa mudança dos seus hábitos de vida. O realismo também terá de ser considerado. Não faz sentido propor-se poupar 50% do seu rendimento, quando sabe que tal será impossível. Contudo, alguma exigência é salutar, dado que a exigência é meio caminho andado para alcançar os objectivos.
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Finalmente, chegado o final do mês com alguns rendimentos extra na conta, poderá fazer uma transferência pontual desse montante para a conta de poupança, que já havia sido reforçada aquando do pagamento do seu salário.
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No que toca à poupança, o bom senso costuma ser bom conselheiro. Assim, terá de se preocupar em viver uma vida confortável mas com algumas restrições que lhe permitam criar condições de melhoria das suas condições de vida no futuro. Lembre-se que é mais fácil poupar um euro do que ganhar um euro. Isto porque a poupança depende exclusivamente de nós, enquanto o rendimento dependerá também de terceiros. E, claro está, o dinheiro poupado irá render juros no banco ou em investimentos financeiros, algo que resultará em colocar o dinheiro a trabalhar para nós (um empregado que trabalha vinte e quatro horas por dia, todos os dias do ano e com baixos custos de manutenção... o empregado perfeito!!!).

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