Antes de mais nada é importante salientar que este comentário é desvinculado de qualquer enviesamento partidário, apenas pretende pedir seriedade e coerência a quem têm nas suas mãos a responsabilidade de informar de forma séria a sociedade civil ( a qual está desiludida e que entrou num longo período de hibernação).
A jornalista Leonete Botelho refere num artigo de opinião que na semana passada foram conseguidos diversos feitos (ao longo da última semana) que “deram um novo fôlego” ao primeiro-ministro (PM), vamos então analisar as razões apontadas pela “jornalista” e o motivo da nossa indignação:
1- “graças aos resultados surpreendentes da evolução da economia”
Basta recordar que a taxa de desemprego actual é: 10,9%, ou seja superior a 600 mil pessoas
Taxa de desemprego dos jovens (15-34anos): 15,5%
Sensivelmente 44% da população vive abaixo do nível de pobreza caso não existam apoios sociais, considerando estas ajudas o valor decresce para 22% ( o que não deixa de ser alarmante)
2- “ligeiro arrefecimento da temperatura financeira”: Recordo que os juros da dívida pública continuam perto dos 7% e todos se questionam se o FMI vai realmente ter que entrar em Portugal…
3- “sucesso diplomático e mediático” e onde “apareceu ao lado dos mais influentes Chefes de Estados” em relação à cimeira da Nato.
Não há margem de dúvida que a cimeira correu bem mas isso em nada eleva ou diminui o desempenho do PM.
Em termos logísticos de organização, as coisas correram bem, sem sobressaltos (mérito a todos aqueles que cooperaram nesse sentido). Em termos diplomáticos houve consenso. Mas se por alguma razão existisse menos consenso em questões da NATO, não poderíamos obviamente responsabilizar o PM pelo menor sucesso do evento, como tal o sucesso não lhe poderá igualmente ser conferido.
Esta valorização além de ser descabida é, ainda, de alguma forma ultrajante para todo o corpo diplomático e a população de uma forma geral (policias, SEF, elementos da organização também velaram pelo sucesso da organização, etc…)
4- “suficientemente revigorado para aguentar sem a necessidade de fazer qualquer remodelação”, afirmação esta que dista menos de uma semana após as declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros ( e o segundo na hierarquia do Governo), nas quais demonstrou “cansaço” e disponibilidade para sair…Abrindo ainda a porta a um entendimento entre partidos para um governo de coligação.
O Ministro das Obras Públicas mostrou nessa mesma semana um total alheamento ao acordo que permitiu a aprovação do OE e desconsideração ao descontrolo das contas públicas, isto porque mantém a vontade de contruir o TGV, a nova ponte….
Já para não salientar no “pequeno lapso” de Teixeira dos Santos em termos do défice antes das eleições…
De forma a manter a nossa imparcialidade, destacamos que a “jornalista” refere alguns pontos que são verdadeiros:
1- “O PM raramente fez remodelações” (Nomeadamente quando o seu ministro das finanças se enganou em relação ao défice)
2- “…economia içada pelo aumento das exportações”.
A jornalista Leonete Botelho refere num artigo de opinião que na semana passada foram conseguidos diversos feitos (ao longo da última semana) que “deram um novo fôlego” ao primeiro-ministro (PM), vamos então analisar as razões apontadas pela “jornalista” e o motivo da nossa indignação:
1- “graças aos resultados surpreendentes da evolução da economia”
Basta recordar que a taxa de desemprego actual é: 10,9%, ou seja superior a 600 mil pessoas
Taxa de desemprego dos jovens (15-34anos): 15,5%
Sensivelmente 44% da população vive abaixo do nível de pobreza caso não existam apoios sociais, considerando estas ajudas o valor decresce para 22% ( o que não deixa de ser alarmante)
2- “ligeiro arrefecimento da temperatura financeira”: Recordo que os juros da dívida pública continuam perto dos 7% e todos se questionam se o FMI vai realmente ter que entrar em Portugal…
3- “sucesso diplomático e mediático” e onde “apareceu ao lado dos mais influentes Chefes de Estados” em relação à cimeira da Nato.
Não há margem de dúvida que a cimeira correu bem mas isso em nada eleva ou diminui o desempenho do PM.
Em termos logísticos de organização, as coisas correram bem, sem sobressaltos (mérito a todos aqueles que cooperaram nesse sentido). Em termos diplomáticos houve consenso. Mas se por alguma razão existisse menos consenso em questões da NATO, não poderíamos obviamente responsabilizar o PM pelo menor sucesso do evento, como tal o sucesso não lhe poderá igualmente ser conferido.
Esta valorização além de ser descabida é, ainda, de alguma forma ultrajante para todo o corpo diplomático e a população de uma forma geral (policias, SEF, elementos da organização também velaram pelo sucesso da organização, etc…)
4- “suficientemente revigorado para aguentar sem a necessidade de fazer qualquer remodelação”, afirmação esta que dista menos de uma semana após as declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros ( e o segundo na hierarquia do Governo), nas quais demonstrou “cansaço” e disponibilidade para sair…Abrindo ainda a porta a um entendimento entre partidos para um governo de coligação.
O Ministro das Obras Públicas mostrou nessa mesma semana um total alheamento ao acordo que permitiu a aprovação do OE e desconsideração ao descontrolo das contas públicas, isto porque mantém a vontade de contruir o TGV, a nova ponte….
Já para não salientar no “pequeno lapso” de Teixeira dos Santos em termos do défice antes das eleições…
De forma a manter a nossa imparcialidade, destacamos que a “jornalista” refere alguns pontos que são verdadeiros:
1- “O PM raramente fez remodelações” (Nomeadamente quando o seu ministro das finanças se enganou em relação ao défice)
2- “…economia içada pelo aumento das exportações”.
Como refere o economista João Duque, presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão, “ o bom comportamento das exportações está a ser feito, sobretudo, à custa "da capacidade instalada das empresas". Ou seja, é às empresas que deve ser entregue o mérito porque num quadro de contracção da procura interna, menor liquidez para investimentos (o que determina um elevado custo de recurso à banca), maior dificuldades de cobrança,etc…. é , sem dúvida, com muito suor e “engenho”que se consegue aumentar as exportações…
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