Quando falamos da educação financeira das crianças, devemos recorrer também ao aconselhamento dos pediatras. Mário Cordeiro, um dos mais conceituados pediatras portugueses, defende que a crise pode ser um pretexto para ensinar as crianças a distinguir o essencial e o acessório. É altura de mostrar que podem ocupar o seu tempo em actividades sem custos, como passeios ao parque ou á praia. Aliás, defende que estas actividades dão prazer e conhecimento, entretenimento e gozo que não se compram.
Defende também que as crianças têm de aprender a valorizar o que é essencial e a perceber que não são mais felizes por terem mais roupas ou brinquedos. Não é nenhuma novidade, mas nunca é de mais reforçar.
Apesar de defender que a crise deve ser explicada às crianças, de modo a que percebam que os pais têm menos poder de compra, defende também que os pais devem ter o cuidado que mostrar que a crise não irá afectar o bem-estar ou as suas necessidades básicas, de modo a garantir segurança e conforto. A transmissão de noções de causas e consequências e da interdependência de vários fenómenos deve ser uma das preocupações principais dos pais, caso queiram educar filhos responsáveis.
Finalmente, Mário Cordeiro defende que os pais devem evitar lamuriarem e vitimizarem perante as crianças, de modo a não passar a mensagem que os país não conduzem o barco e que não os protegem ou não promovem a sua segurança.
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