sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Técnicas para Racionalizar as suas Decisões

Cientes dos impactos da emoção em qualquer tomada de decisão, o que podemos fazer de modo a mitigá-los?

Os autores de Finanças Comportamentais apresentam várias estratégias possíveis, sendo nossa função referi-las, tarefa que desenvolveremos com o tempo. Por ora, salientaremos dois comportamentos fundamentais:

   1.   Imposição de limites e prazos:

Como é sabido, o ser humano tem a tendência para se achar auto-suficiente e opta, variadas vezes, por contar apenas com boas intenções e com a força de vontade. Contudo, como calculamos, tais intenções não passam apenas disso, facto que acaba por dar mau resultado. Assim, o que é sugerido é a imposição de limites de actuação e prazos, de modo a evitar que adiemos análises e estudos, evitar que os processos de arrastem e acabem por "morrer na praia".

   2.   Preparação e estudo de cenários e formas de actuação:

Facilmente percebemos esta estratégia. Na realidade, os portugueses são conhecidos pela sua tendência para o improviso, algo que por vezes acaba por dar resultado. No entanto, a experiência diz-nos quenão devemos apenas contar com o acaso e com a sorte, quando falamos de temáticas tão importantes e complexas. A proposta passa por saber preparar uma decisão, através de análises racionais, em periodos de pouco stress e muita calma. Deste modo, as decisões assumem-se como mais racionais.

Nesta estratégia importa ainda referir que, nestes momentos de calma, deveremos determinar modos de actuação em determinados momentos. Ou seja, definir à partida o que fazer, caso se realizem determinas permissas ou acontecimentos. Por exemplo, o que fazer em resposta a uma crise financeira, ou como actuar em situações de desemprego. Pela positiva, estratégias de actuação em cenários de maior crescimento económico ou euforia de mercado.

Concluindo, todas as estratégias de actuação neste campo deverão ser orientadas para reduzir o stress associado ao processo de tomada de decisão, cientes de que o stress é mau conselheiro e indutor de erros. A sua principal prioridade, deste modo, será a construção de um processo de decisão estruturado e adequado ao seu perfil de risco.

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