quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Wikileaks: free press or neo-McCarthyism (texto original de John Huffstot)

O Wikileaks ocupou de rompão um lugar cimeiro na imprensa internacional, com impactos notáveis ao nível das relações internacionais e da diplomacia à escala mundial.

Se, por um lado, é verdade que os relatórios oficiais muitas vezes são de credibilidade duvidosa, basta recordar os casos mediáticos americanos como Watergate, o relatório relativo ao assassinato de JFK, ao nível das Armas de destruição maciça no Iraque, ou no caso português o Assassinato de Sá Carneiro.

A denúncia surgiu, muitas vezes, como uma grito de revolta, de reposição da verdade e exposição da corrupção. No entanto, a denúncia “sem rosto” (anónima) é igualmente uma ameaça, quer ao nível da credibilidade quer colocando em causa o direito à defesa directa, como sugere John Huffstot, poderá ser uma forma moderna de Macartismo e da caça às bruxas.

Serve este post de reflexão a uma situação nova que o Wikileaks inaugurou mas, numa sociedade moderna de informação e tecnologia, irá perdurar num horizonte temporal vastíssimo. Face a esta nova realidade é urgente uma reflexão individual, promoção da discussão e dedicar esforços no equilíbrio entre a verdade mas não abdicando da ética e dos princípios base salutares em democracia.

Ricardo Ferreira

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