Neste artigo queremos expor algumas ideias relativamente ao inicio do seu percurso no mundo dos investimentos. Nesta primeira fase, como em qualquer plano estruturado de finanças pessoais, sugerimos a constituição de um fundo de emergência ou fundo de segurança, que mais não é do que uma conta pronta para suprir qualquer necessidade... urgente.
A conta de emergência deverá ser constituída quanto antes, devendo o seu constituinte procurar que tenha entre quatro a seis salários. O racional da existência desta conta é simples: deverá ter sempre um fundo a onde recorrer de modo a evitar que caia em endividamento ou em stresses desnecessários, caso ocorra alguma situação inesperada, como o desemprego, uma doença, a avaria do carro, entre outros.
Como constituir esta conta?
Sugerimos que ordene uma transferência automática da sua conta diária, para uma conta noutro banco, preferencialmente sem que tenha um cartão que permita movimentar com facilidade esse dinheiro. Deverá ser uma transferência automática perto do dia em que recebe o salário, de modo a que o dinheiro não esteja à sua disposição, facto que faz com que nem sinta a diferença. Deverá ser para uma conta de difícil movimentação de modo a que seja motivado a utiliza-lo apenas em questões essenciais. E não se esqueça, este dinheiro é para emergências.
Onde colocar o dinheiro?
Sugerimos a constituição de uma conta num Supermercado de fundos, como sendo o ActivoBank, o BancoBig ou o Banco Best. Damos esta sugestão pois sabemos que estes bancos têm estruturas de custos muito reduzidas, facto que possibilita que lhe ofereçam taxas de depósito a prazo bastante mais atractivas que os restantes bancos. E salientamos que os depósitos a prazo, nestes bancos, são perfeitamente seguros.
O que subscrever?
Numa conta de emergência, deverá investir o dinheiro em activos facilmente desmobilizáveis, em questão de necessidade, sem que tal afecte o seu valor. Ou seja, investimentos em activos sem risco, como depósitos a prazo, deverão ser privilegiados. Se investir em acções, não só não saberá o horizonte de investimento como também se arriscará a ser forçado a vender o investimento, com as perdas que lhe poderão estar associadas.
Algum produto em específico?
Salientamos o depósito a prazo a 1 ano do ActivoBank, que lhe oferece uma taxa de 4% bruto no final do ano. Caso tenha que desmobilizar o depósito, terá penalizações. No entanto, a grandeza da taxa torna a relação risco/retorno muito atractiva, mesmo tendo em conta a possibilidade de desmobilização antecipada.
E caso já tenha o fundo de emergência constituído?
Tendo este fundo constituído, estará muito melhor apetrechado para avançar para o outro tipo de investimento, com diferente horizonte temporal e risco potencial.
Sugerimos, nesta vertente e no futuro próximo, os Certificados de Tesouro, que poderá subscrever nos CTT. Nestes certificados, o investidor empresta dinheiro ao Estado Português, com taxas de retorno muito atractivas. Todos os meses estas taxas são revistas, mas quando o investidor subscreve estes certificados fixa uma taxa garantida, para vários prazos. Para os primeiros 5, apenas terá 1.4%, do quinto ao décimo de 3.85%, e a partir daí 5.15%. Ou seja, se mantiver o investimento por 5 anos, irá receber uma taxa de 3.85% ao ano, durante 5 anos. Se mantiver por 10 anos, o retorno anual será de 5.15%.
De notar que, com os erros e disparates que o Governo está a cometer, o retorno que os investidores profissionais exigem para emprestar dinheiro ao nosso Estado, está a aumentar a olhos vistos. Isto significa que o mesmo irá acontecer para os investidores particulares, facto que deverá levar à subida das taxas destes certificados de tesouro. Contudo, prevejo que as taxas só aumentem durante mais alguns meses, sendo que depois deverá haver uma estabilização para, depois, ser iniciado um período de declínio acentuado. Assim, caso possa, procure subscrever estes produtos nos próximos 1-3 meses.
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