Caso queira iniciar um percurso de investimento de sucesso, terá de determinar, obrigatoriamente, o seu perfil de risco. Dizemos obrigatoriamente pois será a partir de um determinado nível de tolerância ao risco e de um horizonte temporal de investimento específico que irá estruturar uma estratégia de investimento de sucesso consistente no tempo.
A primeira questão que tem de colocar a si próprio é se se sente confortável em investir em algo cujo preço pode ter oscilações diárias, grandes ou pequenas. Muitas vezes, as pessoas, e em especial os portugueses, conhecidos como pouco avessos ao risco, tendem a recear bastante as quedas das cotações dos seus activos. É algo natural, embora seja crucial encontrar estratégias para controlar as emoções.
Caso consiga aceitar variações negativas do preço do activo no curto prazo, ciente que no longo prazo a tendência será mais positiva/favorável, pode assumir que tolera o risco. Deste modo, investimentos com maior volatilidade como acções ou obrigações, podem ser aconselháveis, embora com prudência e diversificação.
Contrariamente, se não suporta ver o seu dinheiro, que tanto lhe custou a ganhar, a desvalorizar, terá de optar por activos com menor variação diária potencial, embora deva estar consciente que os retornos esperados serão, a prazo, muito inferiores. Pela positiva, o stress associado ao investimento é reduzido, vivendo assim de forma menos preocupada.
A segunda questão prende-se com o momento em que espera vir a necessitar do dinheiro investido, altura em que irá sair do investimento, com os ganhos/perdas associada a essa decisão. Quanto mais dilatado for o horizonte temporal, maior poderá ser o risco a assumir, dado que a probabilidade de retornos positivos é maior (será?). Se necessita de liquidez num espaço de 1 ou 2 anos, então investir em acções pode ser uma escolha errada.
Uma regra simples pode ser: para prazos reduzidos opte por activos com menor volatilidade (obrigações) e para horizontes temporais mais vastos, já pode assumir maiores níveis de risco (nomeadamente adquirir acções).
Sugestão complementar: Para poder investir em acções mas ter um “pé de meia” para fazer face às necessidades do dia-a-dia, deverá ter um fundo de emergência (seis vezes as despesas mensais) investido em activos sem risco.
Sem comentários:
Enviar um comentário