Defendemos, desde sempre, que os investimentos têm de ser classificados em três características que os tornam únicos e que permitem uma correcta definição de prioridades e enquadramento numa estratégia de diversificação:
• Risco;
• Retorno Esperado;
• Liquidez.
Como já foi exposto, o risco pode ser dividido em Risco de Mercado (que não pode ser diversificado, apenas mitigado através de menor ou maior exposição) e Risco Específico (que pode ser diversificado por um conjunto de activos com determinadas características, podendo mesmo ser minimizado ou reduzido a zero).
Neste artigo iremos focar a nossa atenção no Retorno Esperado, sendo que apresentaremos alguma teoria financeira de suporte:
RETORNO ESPERADO
Existem diferentes níveis de risco nos investimentos, devendo existir uma relação muito próxima entre o risco incorrido e o retorno exigido. A teoria financeira classifica os investidores racionais como avessos ao risco, o que significa que são investidores que procuram maximizar a relação risco/retorno:
- Para um mesmo nível de risco, procuram o máximo retorno possível;
- Para o mesmo nível de retorno, procuram incorrer no menor risco possível.
Como também sabemos, apesar de fazer todo o sentido, esta máxima é muitas vezes esquecida por um grande número de pessoas. Para a melhor escolha dos seus depósitos, veja este artigo escrito pelo autor do Produtos Bancários.
RETORNO DO ACTIVO SEM RISCO
Os problemas de crédito que o pa´ss atravessa têm colocado em cima da mesa o debate sobre a dívida dos governos, entidades que eram percebidas como sendo as menos arriscadas do sistema. A teoria financeira ainda o considera, apesar de ser necessária alguma distinção entre países. Estes activos são considerados “sem risco”. Assumindo a premissa que todos somos avessos ao risco, torna-se claro que apenas deveremos aceitar taxas de retorno superiores à taxa de retorno proporcionada pelo “activo sem risco”.
Assim, o retorno deste activo é o patamar mínimo de retorno exigido. A título de exemplo, a dívida portuguesa paga actualmente, para um prazo de dez anos, mais de 6% de juro. Como justificar que os depósitos a prazo para um mesmo prazo não cheguem aos 4%?
O PRÉMIO DE RISCO
Sendo o nosso foco os activos com risco, significa que ao retorno do “activo sem risco” tem de ser adicionado um prémio que compense o investidor pelo risco adicional que incorre. Na teoria, isto é chamado de Prémio de Risco, directamente dependente do nível de risco do activo, denominado de Beta (cujo desenvolvimento remeteremos para o futuro).
O que importa referir é que, sempre que pensa num investimento e no retorno que quererá obter desse investimento, terá de considerar o patamar mínimo de retorno (“activo sem risco”) e um prémio de risco. É simples. Não se esqueça desta máxima, pois tem de ser devidamente remunerado pelo risco em que incorre.
Estes e outros assuntos, quer no âmbito dos investimentos, quer na vertente de poupanças, são discutidos extensamente nos nossos cursos de formação. Veja aqui alguns motivos pelos quais defendemos a importância de um curso.
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